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Mulheres migrantes que cuidam de pessoas

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O estudo Mulheres em Movimento – Migração, trabalho de assistência e saúde (2018) da Organização Mundial da Saúde, abordou o crescente envolvimento de mulheres migrantes no setor de cuidados pessoais em domicílio, destacando tanto os desafios quanto as contribuições que oferecem e analisando o impacto direto na saúde pública global e nos sistemas de saúde.

Uma das principais conclusões do estudo é que as trabalhadoras migrantes no setor de cuidados têm desempenhado um papel cada vez mais relevante na proteção da saúde de outras pessoas, contribuindo tanto para a saúde em seu sentido mais amplo quanto para os sistemas de saúde. No entanto, há um conhecimento limitado sobre sua própria saúde, as implicações para a saúde de suas famílias devido à migração e o impacto de suas contribuições para os sistemas de saúde.

O relatório também destaca os riscos à saúde enfrentados pelas trabalhadoras migrantes no setor de cuidados, mesmo enquanto desempenham um papel significativo na saúde pública global. Essas mulheres muitas vezes enfrentam riscos à saúde, enquanto têm poucas proteções no mercado de trabalho e na área de saúde. O relatório ressalta a importância tanto do trabalho de cuidado remunerado quanto não remunerado para a saúde e o bem-estar de indivíduos, famílias, comunidades e sociedade em geral.

Além disso, o relatório enfatiza a formação de “cadeias globais de cuidado”, impactando tanto as mulheres que permanecem em seus países de origem quanto aquelas que assumem o papel de cuidadoras em países anfitriões. A necessidade de políticas coerentes e colaboração multissetorial para abordar as necessidades e direitos das trabalhadoras migrantes no setor de cuidados também é destacada.

Ao concluir, o estudo destaca três etapas essenciais para que países e regiões considerem a fim de abordar as necessidades e vulnerabilidades das trabalhadoras migrantes no setor de cuidados. Essas etapas incluem a obtenção de evidências sobre a natureza do trabalho de cuidado migrante, a melhoria do acesso à cobertura universal de saúde por meio de medidas específicas para promover a inclusão e a participação social das trabalhadoras migrantes, e o reconhecimento, valorização e promoção do trabalho de cuidado como um bem público que contribui para a saúde global.

O estudo enfatiza ainda a importância de políticas coerentes que tratem de questões de direitos trabalhistas e de saúde das trabalhadoras migrantes, garantindo o acesso a serviços de saúde para todas, em conformidade com princípios éticos e transparentes de governança. A análise do relatório é guiada por compromissos com direitos humanos, cobertura de serviços de saúde, igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável, evidenciando como a migração, saúde e gênero estão intrinsecamente ligados e afetam um amplo espectro de indivíduos, famílias, comunidades e sistemas de saúde ao redor do mundo.

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